segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Com ou Sem Álcool...

... a chacina continua. Neste final de semana no Rio Grande do Sul, 28 pessoas morreram por causas não naturais; 16 vítima de homicídio e 12 em acidentes de trânsito. Enquanto isso, a repressão ao volante etilizado permanece voltada também contra um condutor que ingeriu porção de bebida incapaz de enbriagar uma perdiz. Quem, em sã consciência, poderá crer que o vigente mínimo legal de álccol no sangue fará instantaneamente de uma pessoa normal um bêbado? Outra: por que somente após a entrada em vigência da Lei Seca é que as polícias rodoviárias apertaram o cerco? Será que o legislador não se deu conta que a diferença entre 0,00 e 006 é a mesma existente entre o zero e o nada, isto é, nenhuma? Dos excessos de álcool no sangue tratava também a lei anterior, com uma diferença, entanto: a fiscalização, niglegenciada, levava os patrulheiros ao locais de aciente somente após o dano perpetrado. Outras perguntas, pertinentes ou não: para onde foi direcionada a mão de obra dispensada de um sem-número bares e restaurantes em todo o país? Se a fiscalização nas ruas e estradas vier a arrefecer ou, mesmo, desaparecer, terá valido a pena provocar o desmanche, por exemplo, de pequenas vinícolas tomadoras de empréstimos pesados, sonhando entrar num mercado até então promissor e incentivado pelos governantes?
Não advogo o livre consumo de álcool pelos motoristas ao volante; mas, sim, a coerência do Estado diante de um fato grave que não deve ser tratado apenas em suas conseqüências. Um país que não construiu seus fundamentos com a seriedade merecida é um país que permacerá socialmente letárgico e à deriva.
Com álcool ou sem ácool continuamos à mercê de políticos inescrupulosos num país débil em seus fundamentos.
Que pena.

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