O Poder fascina. Fascina e deturpa. A figura do Grande Irmão criada por Geroge Orvell ("1984") serve de exemplo. No exercício do Poder, há o manda-chuva em torno de quem se cria aura deífica, tornando-o inatingível. Gera-se, a partir daí e se põe em execução um processo de minimização de pessoas, induzidas estas a crer que a felicidade está em seguir a letra da cartilha que se lhes impõem. Os envolvidos, uma vez absorvidos pelo sistema passam a agir segundo arengas de asseclas do Grande Irmão. Ingênuos e desesperançados, entregam-se em alma às lengalengas oficiais. E enquanto lhes é servida a ração que ceva mas não nutre, deixam-se à sensação da barriga satisfeita, submetendo-se desde já à próxima etapa.
Por isso, o negócio é não permitir aos 'favorecidos' idéias tendentes contestar a política do Poder.
Manter o povo inerte intelectualmente, esse o ofício torpe de um Estado prepotente.
Enquanto isso, a horda de indigentes é inchada e mantida sob tacão.
Como resultado, pais e mães, os há, agradecidos ao Grande Irmão que tem lhes permitido calar choros inocentes, seguem na construção impreessionante da escadinha de bolsas-família a que chamam: 'meus filhos!'
Não sou contra a necessária assistência social, mas, sim, contestador de assistencialismo assim perverso. Este, que denigre e abate os supostos assitidos; que os torna ainda escravos num processo escuso, degradante. Sujo.
A verdadeira assistência haveria de constar de um programa em que se oportuniza aos beneficiados emergir da escuridão em que o estado-protetor, ao contrário, os joga e matém. Criminosamente.
"De-lhe o peixe, mas esine-o a pescar" diriam os chineses.
Mas, por aqui, afinal, o que temem os governantes? Que o povo venha ser capaz de gerir seu destino?
A verdade é que o Estado dissocia a Nação do seu povo. Assaltado em seu mando por grupos políticos que ali se sucedem, impõe-nos conduzi-los e reconduzi-los a cargos em que se eternizam.
Será para isso que elegemos governantes?
terça-feira, 19 de agosto de 2008
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